O ciclo de competições de 2024 do judô chegou ao fim com o Grand Slam de Tóquio, e, com ele, se
encerrou uma fase de muitos desafios e conquistas para os atletas. Porém, ao mesmo tempo, abre-se um novo capítulo que visa preparar o esporte para os Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028. Em um momento importante para o futuro do judô, a Federação Internacional de Judô (FIJ) apresentou as novas regras esportivas e de arbitragem que entram em vigor em 2025. Essas mudanças impactarão diretamente a prática competitiva e buscam proporcionar mais clareza, justiça e dinâmica nas disputas.
Essas propostas foram discutidas e analisadas em uma reunião técnica após o Grand Slam de Abu Dhabi 2024, onde especialistas e membros da FIJ se reuniram para validar as alterações. A opinião de jornalistas e profissionais da mídia também foi fundamental para garantir que as modificações atendam às expectativas e necessidades de todos os envolvidos.
Implementação das Novas Regras
As novas normas serão oficialmente apresentadas em uma reunião técnica da FIJ em Istambul, na Turquia, nos próximos dias, onde delegados de todas as federações nacionais estarão presentes. O objetivo dessas mudanças é claro: colocar a decisão de cada disputa nas mãos dos atletas. A partir de agora, espera-se que as vitórias e derrotas sejam mais evidentes, baseadas em habilidades e estratégias, e não em falhas do sistema de arbitragem.
A primeira competição internacional a adotar as novas regras será o Grand Slam de Paris 2025, e elas permanecerão em vigor até o Campeonato Mundial de Judô em Budapeste, em junho de 2025. Após esse evento, as regras serão revisadas e ajustadas conforme necessário.
Nos próximos meses, haverá uma fase de esclarecimento e treinamento para garantir que todos os árbitros, atletas e técnicos compreendam as mudanças e saibam aplicá-las corretamente. A FIJ tem o compromisso de manter os valores do esporte e sua dimensão educativa como pilares de todas as suas decisões.
Principais Alterações nas Regras de Arbitragem
Aqui estão algumas das mudanças mais significativas nas regras de arbitragem que afetarão diretamente as competições:
Introdução de uma terceira pontuação (yuko): No ne-waza (luta no solo), será dada uma nova pontuação chamada yuko após 5 segundos de atividade.
Uso da cabeça no arremesso: Será permitido o uso da cabeça para arremessar e defender, exceto nas provas de cadetes, onde essa ação será penalizada com shido.
Mudança nas pegadas: Todas as pegadas na jaqueta e sob o cinto até o nível superior da parte interna das coxas serão permitidas. No entanto, se essas pegadas forem consideradas negativas, o atleta receberá um shido.
Proibição de algumas pegadas: Enganchar as pernas com a mão ou braço, ou agarrar a perna e a calça da parte superior da coxa para baixo, será penalizado com shido.
Kumi-kata: Os atletas terão 30 segundos para realizar um ataque após a agarrada inicial (kumi-kata).
Abraço de urso no tachi-waza: Agora será permitido o abraço de urso no tachi-waza (luta em pé), exceto quando as mãos ou braços formarem um círculo entrelaçado, o que será penalizado com shido.
Saída involuntária da área de competição: Se um atleta sair da área de combate durante tachi-waza ou ne-waza, será dado o comando “Mate!”.
Kansetsu-waza (chave de braço): A aplicação de kansetsu-waza durante arremessos de alto risco, onde o uke (atleta que recebe a técnica) não tem como escapar, será penalizada com hansoku-make (desclassificação). Se o kansetsu-waza for aplicado com risco reduzido e o uke tiver possibilidade de escapar, será dado "Mate!" e shido.
Atividade positiva no ne-waza: O árbitro passará a dar mais atenção à atividade positiva no ne-waza durante os combates, permitindo mais liberdade de ação no solo.
Seoi-nage reverso: A técnica de seoi-nage reverso será permitida, exceto em competições de cadetes, onde será penalizada com shido.
O Impacto no Judô
Essas mudanças refletem uma tentativa da FIJ de aprimorar a dinâmica das lutas, tornando as competições mais justas e compreensíveis para o público e os envolvidos. O objetivo é que o judô se torne mais dinâmico e que as decisões dos árbitros sejam mais claras, com os atletas sendo os principais responsáveis pelos resultados das lutas.
O novo ciclo olímpico também trará desafios, principalmente com a adaptação dos atletas e técnicos às novas regras, mas com o suporte contínuo da FIJ e das federações nacionais, espera-se que o judô se fortaleça ainda mais no cenário internacional.
Nos próximos meses, mais detalhes serão divulgados, e as federações terão tempo para treinar os árbitros e orientar os atletas sobre as mudanças. Fique atento às atualizações, pois essas novas regras certamente marcarão o judô em direção aos Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028.
Conclusão
As novas regras para 2025 prometem dar uma nova cara ao judô competitivo, focando no protagonismo dos atletas e buscando mais equilíbrio nas decisões. A implementação dessas normas exigirá um grande esforço de adaptação, mas a mudança é vista como essencial para o crescimento e a modernização do esporte. Prepare-se para um judô mais rápido, preciso e empolgante nas próximas temporadas!
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