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Aliciamento de Atletas no Judô: Orientações Essenciais para Pais e Judocas

  • Foto do escritor: Sensei Sylvio
    Sensei Sylvio
  • 27 de out.
  • 4 min de leitura
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O judô, criado por Jigoro Kano em 1882, vai além de uma arte marcial: é um caminho de desenvolvimento físico, mental e moral, baseado em princípios como o Seiryoku Zenyo (máxima eficiência com mínimo esforço) e Jita Kyoei (prosperidade mútua e bem-estar). No entanto, no cenário esportivo brasileiro, questões como o aliciamento de atletas – especialmente judocas jovens – podem comprometer esses valores. Neste artigo, exploramos o que é o aliciamento, suas repercussões para pais e atletas, e dicas práticas para escolher uma academia de judô de forma segura e alinhada aos objetivos da criança.


O Que é Aliciamento de Atletas no Judô?

O aliciamento, ou solicitação indevida de atletas, ocorre quando professores, técnicos ou dirigentes de outras academias abordam judocas (ou seus responsáveis) para incentivá-los a trocar de dojo, muitas vezes oferecendo vantagens irregulares. De acordo com o Conselho de Ética da Liga Nacional de Judô (LNJ), isso inclui práticas que contrariam os princípios de integridade e competição justa, promovendo a mercantilização do esporte em vez do desenvolvimento humano.

No contexto mais amplo do esporte brasileiro, o Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) também aborda o aliciamento, prevendo sanções como multas de R$ 100 a R$ 100.000 e consequências desportivas, como suspensão de competições. Embora comum em modalidades como o futebol, onde clubes podem ser suspensos por aliciar atletas de base, no judô, o foco é na preservação da ética, evitando que o esporte se torne um "negócio" que ignora o bem-estar do atleta.


Repercussões para Pais e Judocas

Para os judocas, o aliciamento pode ter impactos técnicos e emocionais profundos. Tecnicamente, trocas frequentes de academia interrompem o progresso no tatame: o atleta perde continuidade no treinamento, adaptação a estilos de ensino e integração com colegas, o que afeta o desempenho em competições e o aprimoramento de técnicas. Emocionalmente, pode gerar insegurança, estresse e perda de motivação, especialmente em crianças e adolescentes, que ainda estão formando sua identidade no esporte.

Para os pais, as repercussões envolvem não apenas o investimento financeiro (mensalidades, uniformes, viagens para torneios), mas também a responsabilidade pela formação ética da criança. Uma abordagem indevida pode expor a família a pressões manipuladoras, como promessas falsas de "sucesso rápido", que contrariam o código moral do judô – valores como honestidade, respeito e autocontrole. Se ignorado, isso pode levar a ambientes tóxicos, com fofocas ou intrigas que minam a confiança no professor atual e no esporte como um todo. Além disso, em casos graves, violações éticas podem resultar em denúncias ao Conselho de Ética da LNJ, com sanções como advertências, multas ou exclusão de envolvidos.


Como Escolher uma Academia de Judô: Priorize Objetivos e Credenciamento

A escolha de um dojo deve ser guiada por clareza e alinhamento com os objetivos da criança e da família. Comece discutindo com a criança e os pais: qual o foco? Recreação, competição ou desenvolvimento pessoal? Considere o tempo dedicado: o judô exige equilíbrio entre treinos (geralmente 2-3 vezes por semana) e estudos, para evitar sobrecarga que afete o rendimento escolar.

Verifique o credenciamento: a academia deve estar filiada à LNJ ou à liga estadual correspondente, garantindo padrões de qualidade e ética. A LNJ oferece informações sobre filiação e entidades vinculadas. Pergunte sobre o currículo do professor: ele deve ser faixa preta registrada na LNJ ou instituição estadual, com cursos de capacitação, e demonstrar conduta alinhada aos princípios do judô, como cortesia e honestidade. Observe o ambiente: há respeito mútuo? Os treinos priorizam segurança e inclusão?


Critério

O Que Verificar

Por Quê?

Objetivos da Criança

Alinhamento com recreação, competição ou valores morais

Garante motivação e progresso sustentável

Equilíbrio Estudos/Treinos

Ênfase no bem-estar

Evita burnout e promove desenvolvimento integral

Credenciamento

Filiação à LNJ ou liga estadual

Assegura padrões éticos e técnicos

Conduta do Professor

Histórico ético

Reflete os princípios de Kano, como respeito e integridade


Propostas de Troca de Academia: O Normal vs. os Sinais de Alerta

Receber propostas para trocar de dojo é comum no mundo do judô, especialmente se o atleta se destaca em torneios. No entanto, elas devem ser transparentes e baseadas em benefícios reais, como melhores instalações ou programas de treinamento avançados, sem violar a ética.

Fique atento aos red flags, que indicam despreparo ético do professor proponente e contrariam os ensinamentos de Kano:

  • Promessas de graduação acelerada (ex.: pular faixas sem mérito), que violam o princípio de mérito esportivo e do judô.

  • Difamação: Falar mal da academia atual, inventar histórias sobre o professor ou espalhar fofocas e intrigas.

  • Manipulação: Pressionar com desavenças pessoais ou mentiras que não condizem com a verdade.

Essas práticas falam volumes sobre o caráter do professor: o judô ensina coragem para enfrentar dificuldades com bravura, não com deslealdade. Se ocorrer, denuncie ao Conselho de Ética da LNJ – qualquer pessoa pode fazê-lo, promovendo a integridade do esporte.


Proteja o Espírito do Judô

O aliciamento pode parecer uma "oportunidade", mas frequentemente compromete os pilares do judô: ética, respeito e prosperidade mútua. Pais e judocas devem priorizar ambientes que fomentem o crescimento holístico, alinhados aos valores de Jigoro Kano. Ao escolher uma academia credenciada e rejeitar propostas antiéticas, você não só protege o futuro do atleta, mas contribui para um judô mais justo e inspirador no Brasil. Para mais informações, consulte o site da LNJ e ligas locais. Oss!

 
 
 

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